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Adaptação em um novo paísEspanha

O melhor versus o pior da Espanha (parte 1)

Escrito por Thaís Rodrigues setembro 10, 2018
O melhor versus o pior da Espanha (parte 1)

O melhor versus o pior da Espanha.

Após um ano morando na Espanha, resolvi fazer esse “balanço” do que mais gosto e do que menos gosto por aqui. É claro que se trata de uma opinião muito pessoal e de apenas um recorte espaço-temporal.

O que tirei de mais importante desse balanço foi que algumas coisas que não gosto aqui, também não gostava no Brasil. Isso corrobora o que sempre defendi: não há lugar perfeito. O que há são escolhas, onde sempre se perde e se ganha.

Vou começar pelas coisas boas, que felizmente estão em maior quantidade. Confira a lista de 2018 da revista inglesa Monocle que inclui Madri entre as 10 melhores cidades do mundo para viver.

O melhor da Espanha

  • Segurança

É libertador dirigir sem olhar para todos os lados ao parar no farol. É muito agradável passear com o cachorro à meia-noite, sem pensar que alguém vai roubá-lo de você. É muito bom poder passear com seu bebê a qualquer hora do dia ou da noite sem sentir medo.

É claro que devemos ficar atentos, pois são muito comuns os furtos nos grandes centros, seja em aglomerações de pessoas, como o metrô ou pontos turísticos, ou até mesmo nas casas, em período de férias. Além do furto, um crime comum por aqui é a violência de gênero. Roubos, sequestros e homicídios são, felizmente, crimes mais raros.

Veja alguns números sobre violência na Espanha.

  • Estações do ano bem marcadas 

É um grande privilégio poder acompanhar todo o ciclo da natureza, vendo o espetáculo das folhas das árvores mudando de cor até cair completamente. É um processo lento, com meses sem folhas, a expectativa da primeira folha, até atingir a exuberância da primavera.

É muito interessante como as escolas levam as estações do ano para o dia a dia dos alunos, trabalhando as cores, os cheiros, as sensações e atividades de cada estação para dentro (ou fora) das salas de aula.

As crianças podem ter a experiência do calor, do frio, do vento, da chuva, da neve. Há a expectativa da chegada de cada um, trazendo suas festas, comidas, esportes próprios. Algo que só poderá ser experimento naquela fase específica do ano.

Certamente ter estações bem marcadas é um grande presente que a Espanha nos deu. E, felizmente, são poucos (e horríveis) os dias de calor tórrido. As demais estações são todas muito agradáveis, com dias ensolarados e sem temperaturas extremas.

  • Parques, praças e playgrounds

Há muitos parques, praças e playgrounds. Em geral são muito bonitos e bem cuidados.

Destaco os playgrounds, que estão espalhados por todos os cantos. Os brinquedos são adequados para diversas faixas etárias, são limpos, seguros e com a manutenção sempre em dia.

Nos horários de “pico”, saída das escolas, ficam bem cheios. É um equipamento de lazer gratuito e bastante utilizado pela população, mesmo porque prédio com área de lazer é exceção.

Playground em Madri, às 22:00h (acervo pessoal)

Há muitos parques que permitem o contato com a natureza, próprios para a prática de esportes, como montanhismo, caminhadas, cavalgadas. É muito comum ver crianças acompanhando os pais nesses espaços.

  • Pueblos

A Espanha possui um sem número de lindas cidadezinhas, ou pueblos, como dizem aqui. Alguns ficam próximos às grandes cidades, sendo uma excelente opção para morar e mergulhar na cultura local. Eles possuem boa infra estrutura de creches, escolas e hospitais.

Há também os pueblos mais afastados. Esses são uma ótima opção para lazer, com inúmeras festas e atrações para os pequenos.

Leia também Vida de pueblo na Catalunha

  • Turismo interno

Eu fiquei muito surpresa com a beleza da Espanha. Nesse caso não se trata apenas de uma opinião minha, pois o país figura no topo de todas as listas de países mais visitados do mundo. Realmente vai muito além de Madri-Barcelona. O patrimônio histórico-cultural é muito bem preservado e está presente em praticamente todo o país.

Há desde tesouros de antes de Cristo, como Tarragona, a prédios super modernos, como o museu Guggenheim, em Bilbao, passando por uma infinidade de castelos, igrejas, monastérios e ermitas. Veja um pouco mais nesse link.

Além disso, a natureza é de fato exuberante e oferece muitas variações. Montanhas, vales, mares, rios.

Trata-se de um ambiente extremamente propício para que a criança tenha muito contato com a natureza, seja com esportes de verão ou inverno, que contemple, admire e aprenda com a história e os artistas do país e do exterior.

Veja também Atividades infantis em Valência, Turismo com crianças na Catalunha e Dicas de passeios com crianças em Madri.

  • Transporte

É muito fácil se locomover na Espanha. Seja o transporte urbano, inter-regional ou internacional. De uma forma geral são kids friendly, mas há exceções que vou mencionar na lista de coisas que não gosto por aqui.

As grandes cidades, como Madri e Barcelona, possuem ótima infraestrutura de metrô, trem, ônibus e metrô de superfície. Há também oferta de táxi, uber, cabify, carro elétrico compartilhado e bicicletas para alugar.

Entre cidades ou regiões há uma boa estrutura de trens e ônibus, além de excelentes rodovias. Nem todas são pedagiadas.

Os aeroportos também possuem boa estrutura, seja para voos internos ou internacionais. Saindo de Madri há mais opções de voo direto para o Brasil. Por Barcelona, atualmente apenas uma companhia aérea faz voo direto.

Apesar de toda essa estrutura de transporte, para mim o maior ganho é poder caminhar muito a pé. Seja por lazer ou para resolver as coisas do dia a dia, é sempre muito prazeroso – e seguro – caminhar por aqui.

Veja também Qual a melhor forma de circular com bebês em Barcelona?

  • Férias

O tempo de ócio (lazer) é levado a sério. O ponto alto das férias é o mês de agosto, porém, as férias escolares têm início no final de junho e o retorno acontece apenas em setembro. É verão na Europa, por isso é o período de férias mais longo. No inverno a pausa é menor, entre o Natal e o dia de Reis.

Ao longo do ano existem vários feriados e pontes. Como as férias de trabalho costumam ser contadas em dias úteis, é muito comum emendar alguns feriados, como a semana santa, por exemplo.

O que mais me chama a atenção é que em agosto muitos comércios fecham. Alguns por até 30 dias. Em princípio pode soar como algo negativo. Porém, acredito que seja uma questão cultural, onde o descanso é valorizado. É importante tirar férias. É importante estar com a família. É importante viajar. Sorveterias, farmácias, restaurantes, lojas, padarias, salões de beleza simplesmente fecham e colocam a plaquinha na porta: cerrado para vacaciones.

Para quem não sai de férias em agosto, algumas empresas fazem jornada intensiva (sem horário de almoço, e saída antecipada, por volta das 14 ou 15:00 horas),  para aproveitar os longos dias de verão. Esse horário já é praticado por muitas empresas todas as sextas-feiras do ano.

Acho importante mostrar para a criança que o trabalho é necessário e importante. Porém, não é o mais importante da vida. Deve haver um equilíbrio. Vejo que aqui na Europa, não apenas na Espanha, isso seja mais valorizado do que no Brasil.

Leia também sobre Verão em Barcelona com crianças

  • Produção artístico-cultural 

A arte espanhola extrapola as fronteiras do país. Dalí, Picasso, Goya, Miró, Velázquez, são pintores conhecidos mundialmente. Desde cedo as crianças são incentivadas a apreciar arte. É muito comum ver excursões de crianças bem pequenas a museus, desde os 3 ou 4 anos. Há oficinas, com programação pensada para todas as faixas etárias.

A terra de Cervantes também tem uma ótima produção editorial, com muitos selos para bebês e crianças. As bibliotecas também são pontos de encontro, com bastante atividade para os pequenos.

Atualmente há também uma grande produção de filmes, seriados, música. Para citar dois exemplos, La casa de papel e Merlí (em catalão) fazendo bastante sucesso no Netflix.

  • Esportes

No  Brasil temos o futebol como grande esporte nacional. Todos os outros esportes são secundários. O vôlei conseguiu um espaço maior e, vez ou outra, quando algum atleta se destaca, acompanhamos um pouco mais outros esportes, como natação, tênis, fórmula 1, atletismo ou ginástica artística.

O futebol espanhol tem bastante destaque, especialmente pelos clubes milionários e os melhores jogadores do mundo jogando por aqui. Porém, a cada dia que ligo a TV vejo que a Espanha foi campeã de alguma coisa. Confesso que às vezes nem conheço o esporte. Para citar os mais recentes: Carolina Marín, campeã mundial de badminton; seleção feminina de futebol sub-17, campeã da Europa; seleção masculina de handebol, campeã da Europa; seleção feminina de hóquei, medalha de bronze no mundial; Rafael Nadal, campeão de Roland Garros (sua 11ª vitória nesse campeonato). E por aí vai.

Isso só demonstra que há incentivo à prática de esportes, começando nas escolas. Claro que há problemas, como diferença salarial e de investimentos. Porém, os resultados mostram que há um trabalho sendo feito, que os outros esportes também têm seu espaço.

  • Marcas “brancas”

Uma boa forma de economizar nas compras é lançar mão das marcas próprias dos supermercados. Essa questão de status por consumo é bem tranquila por aqui. Economizar é mais bacana que ostentar um gasto supérfluo. Acredito que na Europa seja mais fácil educar as crianças em um conceito de consumo mais consciente.

As ditas marcas “brancas” em geral apresentam produtos de qualidade e muito mais baratos que as marcas conhecidas e consagradas. A variedade é muito grande, produtos de limpeza, higiene, beleza, alimentação, roupas e calçados. Para citar um exemplo, com 9 euros compro um pacote de fraldas G (44 u), mais um pacote de lenço umedecido (80 u), ambos de excelente qualidade e com a marca do supermercado.

Felizmente há muito mais para escrever sobre coisas boas, mas, por ora, vou ficar com esses dez itens. No texto a seguir vou falar sobre o que não gosto por aqui.

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adaptação em um novo paíscultura espanholao melhor e o pior da Espanha
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Thaís Rodrigues

Thaís é advogada, editora de livros jurídicos, professora, mãe de um menino e tutora do Spy (um bulldog francês que dá mais trabalho que o bebê). Desde sempre apaixonada por viajar e conhecer outras culturas.

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