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Willkommen Klasse – as aulas de boas-vindas em Berlim

Escrito por Raquel Barreto Barreto Abril 12, 2018
Willkommen Klasse – as aulas de boas-vindas em Berlim

Willkommen Klasse, as aulas de boas-vindas em Berlim.

Vamos falar sobre as aulas de boas-vindas que algumas escolas, em Berlim, oferecem para quem está na Grundschule (que equivale ao nosso antigo primário) ou no Gymnasium (nosso ginásio e colegial).

Mas, na Alemanha, até onde eu entendi, só vai para o Gymnasium quem tem qualificação para estudar na escola com essa nomenclatura. E isso é definido na Grundschule, ou seja, depende das notas e desempenho da criança no primário. E quem tem a honra de ir para o Gymnasium tem mais chance de ir para a universidade.

Bom, faço, apenas, um breve panorama para explicar como funciona o sistema escolar na Alemanha, que, por sinal, é bem complexo. E no título falo da Willkommen Klasse, em Berlim, porque o sistema é estadual e cada região define sua metodologia.

Em Berlim, para receber os alunos que não sabem o alemão, a maioria deles refugiados, algumas escolas criaram o Willkommen Klasse, que nada mais é do que uma classe de boas-vindas para aprender o idioma. Quando soube disso, achei o máximo. Pensei: “que maravilha, que acolhedor, fantástico!”. E é razoavelmente bom, porque, como expliquei, a nota conta muito e seu filho não será avaliado durante o período em que tiver nessa sala que apelidamos de WK. Então, é razoavelmente justo. Mas, é um programa que na minha visão, precisa de ajustes. Por ser novo, parece que começou em 2015, certamente deve estar em avaliação sobre a melhor maneira de seguir.

Vou listar porque acho que o WK tem vários pontos a serem melhorados:

• Colocam crianças de várias idades na mesma sala, que pode variar de 9 a 12 anos, 12 a 15 e por aí vai. Acho que as idades são muito distintas e, nessa fase, cada criança e adolescente, tem um jeito diferente de lidar.
• Diferentes nacionalidades na mesma sala. Até ai, tudo bem, acho até muito enriquecedor conviver com culturas distintas, mas, muitos falam apenas árabe, persa, turco e esses alunos precisam aprender o alfabeto. Ou seja, quem fala português, espanhol, francês, consegue, pelo menos, ler e escrever (digo, copiar), mesmo sem saber nada do idioma. Não consigo nem imaginar o desafio que é para essas crianças começar do zero mesmo. Ter que aprender o abecedário.
• Chega um aluno novo, ele, simplesmente, entra no WK, de acordo com a idade, na sala que já esta em andamento. Por exemplo, meus filhos chegaram e alguns da sala já estavam se virando bem no alemão. E, na minha opinião, isso atrasada muito o desempenho da sala.
• Depois que entram no WK, o aluno só vai para as classes regulares quando estiver apto, com fluência e entendimento do alemão. Ate aí, também acho muito coerente. Mas, por conta dos pontos listados acima, acredito que o atraso para o estudante é muito grande.
Conheço pessoas adultas que mudaram para a Alemanha com 9 anos, não tiveram esse WK e, em três meses, já eram fluentes. Meus filhos ficaram um ano no WK e só saíram porque mudamos de prédio e, consequentemente, de escola, e eu forcei a barra para eles irem para a sala normal. Ainda não sei como será, mas estou confiante de que será muito mais produtivo.

Minha filha, de 14 anos, estudava em um Gymnasium e, no caso dela, eu nem forcei tanto a barra assim para ela mudar. A professora do WK dela, achou que era bom ela ir para uma escola bilíngue, com aulas em alemão e português. Ate onde entendi, não é nem uma Hauptschule (que é a escola mais fácil das três, com menos exigências aos alunos) ou uma Realschule (que é a de dificuldade e exigência média). Essa escola é uma Europa-Schule bilíngue, com metodologia Montessori.

No começo, fiquei meio cismada, achei que estavam excluindo minha filha. Mas, depois conversei com a professora e ela me explicou que o Gymnsaium aonde ela estava tinha foco em física e era muito puxado e que, pela experiência dela, quem saia do WK e ficava na escola tinha um desempenho muito baixo. E nessa escola portuguesa ela também poderia ir para a universidade.

Já meu filho, eu queria tirar mesmo. A professora dele do WK era uma querida, muito atenciosa e acolhedora. Mas, meu filho ia alguns dias da semana para a aula regular, para se adaptar, e a professora lá não era das mais simpáticas. Chegou a gritar com meu filho, dizendo que não sabia o porquê dos alunos do WK estarem na Alemanha. Isso porque meu filho estava sem tesoura para fazer um trabalho de artes. Claro que eu fiz uma reclamação formal para o diretor da escola e eles apenas tiraram meu filho dessa adaptação. E eu pedi para ele ir para outra sala e a professora do WK me disse que não tinha vaga em outra turma. Então se não fosse a mudança de casa, sabe-se lá quando ele mudaria para as aulas regulares.

Quero deixar claro que meu texto é para relatar minha experiência com o WK, em Berlim. Parece que em outros estados, na Alemanha, também existe essa sala de boas-vindas, que às vezes, tem outro nome. Mas, não são todas as cidades que oferecem. E minha conclusão é a seguinte: Os alunos têm que ficar no WK, no máximo, seis meses, mas, como tem muitas férias e dependendo do mês que o aluno entra na escola, pode chegar a um ano. Depois disso, a criança fica desestimulada e parece que não evolui mais no idioma. Meus filhos ainda não falam um alemão fluente, mas estou confiante de que vão acompanhar o ritmo da nova escola. E se você está de mudança para Alemanha e a cidade em que vai morar não tiver o WK, fique tranquila que tudo dará certo. E tem alguma mãe aí para compartilhar a experiência do primeiro ano do filho na escola?

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Raquel Barreto Barreto

Raquel é paulista da capital e formada em Comunicação Social. Mora em Berlim desde fevereiro de 2017 com o marido e os filhos. Está em busca de absorver todo conhecimento que a terra alemã proporciona, a começar pelo idioma.

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